quarta-feira, 24 de março de 2010

A não- violência na criação dos filhos

  Lendo agora a pouco os blogs que sigo, fiquei emocionada ao me deparar com esta reflexão que apesar de nunca ter lido anteriormente ela reflete exatamente como me sinto em relação a criação do meu filho Ikarus e de como a violencia não contribui nunca pra nada em lugar algum.....

Para refletir.....

A não- violência na criação dos filhos

O Dr. Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e fundador do MK Institute, contou a seguinte história sobre a vida sem violência, na forma da habilidade de seus pais, em uma palestra proferida em junho de 2002 na Universidade de Porto Rico. Eu tinha 16 anos e vivia com meus pais, na instituição que meu avô havia fundado, e que ficava a 18 milhas da cidade de Durban, na África do Sul. Vivíamos no interior, em meio aos canaviais, e não tínhamos vizinhos; por isso minhas irmãs e eu sempre ficávamos entusiasmados com possibilidade de ir até a cidade para visitar os amigos ou ir ao cinema. Certo dia meu pai me pediu que o levasse até a cidade, onde participaria de uma conferência durante o dia todo. Eu fiquei radiante com esta oportunidade. Como íamos até a cidade, minha mãe me deu uma lista de coisas que precisava do supermercado e, como passaríamos o dia todo, meu pai me pediu que tratasse de alguns assuntos pendentes, como levar o carro à oficina. Quando me despedi de meu pai ele me disse: "Nós nos encontraremos aqui, às 17 horas, e voltaremos para casa juntos."Depois de cumprir todas as tarefas, fui até o cinema mais próximo. Distraí-me tanto com o filme (um filme duplo de John Wayne) que esqueci da hora. Quando me dei conta eram 17h30. Corri até a oficina, peguei o carro e apressei-me a buscar meu pai.Eram quase 18 horas. Ele me perguntou ansioso: "Por que chegou tão tarde?"Eu me sentia mal pelo ocorrido, e não tive coragem de dizer que estava vendo um filme de John Wayne. Então, lhe disse que o carro não ficara pronto, e que tivera que esperar. O que eu não sabia era que ele já havia telefonado para a oficina. Ao perceber que eu estava mentindo, me disse:"Algo não está certo no modo como o tenho criado, porque você não teve a coragem de me dizer a verdade. Vou refletir sobre o que fiz de errado a você. Caminharei as 18 milhas até nossa casa para pensar sobre isso."Assim, vestido em suas melhores roupas e calçando sapatos elegantes, começou a caminhar para casa pela estrada de terra sem iluminação. Não pude deixá-lo sozinho... Guiei por 5 horas e meia atrás dele... Vendo meu pai sofrer por causa de uma mentira estúpida que eu havia dito.Decidi ali mesmo que nunca mais mentiria.Muitas vezes me lembro deste episódio e penso: "Se ele tivesse me castigado da maneira como nós castigamos nossos filhos, será que teria aprendido a lição?" Não, não creio. Teria sofrido o castigo e continuaria fazendo o mesmo. Mas esta ação não-violenta foi tão forte que ficou impressa na memória como se fosse ontem. "Este é o poder da vida sem violência."
Texto circulante na internet
Gandhi, o apóstolo da não-violência, trabalhava a formação da consciência através do ensino paciente, da auto-disciplina e do exemplo próprio, pois no seu entender - não é possível implantar a paz nos indivíduos e no mundo através de leis, decretos e ordens de cima para baixo, do mais forte para o mais fraco, mas somente através dos atos, palavras e pensamentos de paz de quem promove a própria paz, daí a campanha da não-violência.
Trecho Extraído site Terra Espiritual

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